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Porangatu: justiça proíbe marido da prefeita a coagir funcionários após áudio contra Lula

O empresário e ex-prefeito de Porangatu, cidade que fica a cerca de 450 km de Goiânia, Eronildo Valadares, que também é esposo da atual prefeita do município, Vanusa Valadares, foi proibido pela Justiça do Trabalho de tentar influenciar o voto dos funcionários. Valadares, que é dono de uma loja de material de construção, foi eleito prefeito de Porangatu em 2012 com um vice do PT, Galeno. Nestas eleições seu filho Givago Valadares foi candidato a deputado estadual pelo PRTB e não foi eleito.

A decisão da justiça se deu após uma ação do Ministério Público que foi instaurada co circular nas redes sociais um áudio em que ele diz que fecharia sua empresa caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhe a eleição.Na gravação, o ex-prefeito e agora empresário dá a entender que com a ação, seus funcionários estão empenhados em arrumar voto para o presidente Jair Bolsonaro, que concorre ao segundo turno contra Lula.

“Nós temos que mostrar para eles o seguinte: se eles querem o emprego dele, que dê valor em quem arrume emprego para ele, em quem dá oportunidade para eles trabalharem. Senão eles vão ter que procurar o pessoal do PT lá para arrumar emprego.”, disse Valadares no áudio.

Sobre a decisão judicial

Para a juíza Carolina de Jesus Nunes, a fala do ex-prefeito configura ameaça, “capaz de influenciar na orientação política dos funcionários”, conforme escreveu na decisão. Ele deverá divulgar um comunicado na empresa em que diga que o voto é livre, nos quadros de aviso e nos e-mails corporativos. Caso descumpra as ordens, o empresário pode ser multado em até R$ 45 mil.

O MPT (Ministério Público do Trabalho) comunicou que fez uma audiência com Valadares ontem e propôs um Termo de Ajuste de Conduta, mas que ele se recusou a assiná-lo.

Segundo o artigo 299 do Código Eleitoral é crime “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”. A pena prevista é de prisão de até quatro anos e pagamento de multa.

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