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Entenda porque o preço da gasolina está caindo

Queda do valor do petróleo em cenário internacional e diminuição de impostos de olho nas eleições ajudam a explicar diminuição recente do preço na bomba.

A Petrobras definiu nesta quinta-feira (1º) a quarta queda do preço da gasolina desde meados de junho. O valor de venda às distribuidoras foi reduzido em 7,08%, de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro. Em menos de três meses, o combustível sofreu redução de 19,2% no valor praticado nas refinarias. No pico da curva, o preço chegou a R$ 4,06 em 18 de junho.

Esses são os valores de início da cadeia produtiva da gasolina. O preço ainda sofre incidências de lucros das distribuidoras e revendedoras, além de impostos. Só então chega aos valores conhecidos pelos consumidores. O levantamento de preços na bomba, feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), também mostra queda expressiva nos preços da gasolina.

No mesmo intervalo de 75 dias, o valor médio do litro vendido ao consumidor passou de R$ 7,39 para R$ 5,25. Uma redução de 29%. A queda drástica é uma mistura entre queda dos preços dos combustíveis no mercado internacional com uma redução de impostos forçada pelo governo federal em ano eleitoral. Os combustíveis eram um dos principais motores da inflação do país a poucos meses da escolha de um novo presidente.

O preço da gasolina tem sido beneficiado pela queda do petróleo no cenário internacional. Há uma preocupação com uma possível desaceleração do crescimento mundial, o que contribui para a queda do preço da commodity.

Em queda desde meados de junho, os contratos futuros de petróleo recuaram abaixo de US$ 100 nas últimas semanas. Neste ano, chegaram ao patamar de US$ 140 com os impactos da guerra da Ucrânia – à época, a grande preocupação era a de que haveria um descasamento na produção e oferta.

Tributação menor
O repasse da Petrobras para a distribuidoras compõe apenas uma parte do preço do combustível para o consumidor final. E com a proximidade da disputa eleitoral deste ano, o governo Jair Bolsonaro se valeu de medidas tributárias para ajudar na redução do preço dos combustíveis.

No fim de junho, entrou em vigor a legislação que limita as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS) que incidem sobre itens considerados essenciais – como combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

O ICMS é um imposto estadual, compõe o preço da maioria dos produtos vendidos no país e é responsável pela maior parte dos tributos arrecadados pelos estados.

A mesma lei também zerou as alíquotas dos tributos federais incidentes sobre a gasolina – que, em junho, representavam cerca de 10% do preço do combustível vendido ao consumidor, segundo dados da Petrobras. ( com informações do G1)

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